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Estamos criando um gênio ou um monstro? Uma IA fez história na Olimpíada mais difícil do mundo

Uma IA não apenas entendeu as questões mais complexas da matemática, mas resolveu cinco delas com perfeição, usando apenas linguagem natural. O que isso nos conta sobre o que vem pela frente?

AIWhisperBR • Tempo de leitura: 7 min

Se você perguntar por aí o que as pessoas acham que uma IA faz bem, a maioria vai responder: escrever textos, fazer imagens, responder perguntas, dar ideias. Tudo girando em torno de linguagem.

Essa visão não está errada, mas está incompleta. Porque até agora, os grandes modelos de IA ficaram famosos por parecerem inteligentes, mas não necessariamente por pensarem de forma profunda.

Até agora.

O que a OpenAI e agora o Google, atingiram recentemente deixa claro que o próximo nível da IA está muito próximo de chegar. Será que estamos preparados para uma IA cada vez mais independente para pensar?

O Everest da matemática e a medalha que quase ninguém ganha

A Olimpíada Internacional de Matemática (IMO) é, desde 1959, o topo do topo. São apenas seis questões, mas de um nível que poucos seres humanos conseguem sequer compreender, quanto mais resolver.

As provas misturam álgebra, combinatória, geometria e teoria dos números. E pra ganhar medalha de ouro, não basta acertar uma ou duas: é preciso resolver com perfeição pelo menos cinco dessas questões, em 4h30 de prova, e sem erros.

Menos de 10% dos participantes chegam lá.

É como escalar o Everest… só que com lápis, papel e um cérebro afiado.

O feito impressionante do Gemini Deep Think

A versão avançada do Gemini Deep Think, desenvolvida pelo Google DeepMind, foi oficialmente avaliada pelos próprios organizadores da IMO,

Resultado? 35 de 42 pontos. Medalha de ouro. Um desempenho superior ao da maioria dos melhores estudantes do mundo.

Mas o mais impressionante não é isso.

Ao contrário de modelos anteriores, como AlphaGeometry, que exigiam tradução das questões para linguagens formais, o Gemini fez tudo em linguagem natural, do começo ao fim. E dentro do mesmo tempo que um humano teria.

Ou seja: ele leu o problema como você leria. Pensou como você pensaria. E escreveu uma prova matemática rigorosa, como um medalhista da IMO escreveria.

Para aproveitar ao máximo os recursos de raciocínio do Deep Think, a Google treinou adicionalmente uma nova versão do Gemini em novas técnicas de aprendizado por reforço que podem alavancar mais dados de raciocínio em várias etapas, resolução de problemas e comprovação de teoremas.

Não foi apenas uma vitória técnica. Foi um salto cognitivo.

 IA que pensa, não só responde: o que muda agora?

O mais importante não é que a IA resolveu problemas difíceis. É como ela resolveu esses problemas. 

Porque isso marca uma virada sutil, mas profunda: da IA como interface de linguagem, para a IA como parceira de raciocínio.

Agora imagine o impacto disso em áreas como:

  • Pesquisa científica

  • Engenharia avançada

  • Teoria de sistemas complexos

  • Descoberta de medicamentos

  • Ensino personalizado de alto nível

A IA pode deixar de ser uma copiadora elegante de padrões e se torna uma colaboradora ativa. Alguém com quem se pensa junto e até mais que o humano.

Não se trata de substituir matemáticos ou engenheiros. Mas de ampliar o que eles conseguem fazer com um parceiro que também pensa.

Quanto mais investimento as big techs fazem, mais a IA vai se desenvolvendo de forma absurda. Um exemplo disso é construção faraônica que a Meta anunciou recentemente.

Falamos sobre isso na newsletter de ontem.

Prompt do dia: cálculos avançados com IA

Quero que você atue como um solucionador matemático de alto nível. 

Vou te descrever um problema complexo e quero que você me ajude a resolvê-lo passo a passo, explicando o raciocínio de forma clara, como se estivéssemos em uma Olimpíada de Matemática. 

Use abordagens estruturadas, explore possibilidades e me ajude a entender o caminho até a solução

O dia em que a IA parou de repetir e começou a raciocinar

Durante muito tempo, os grandes modelos de linguagem foram vistos como especialistas em conversa. Mas agora, estamos vendo o surgimento de algo novo:

IA que não apenas entende o que você diz. Mas que entende o que precisa ser feito.

Resolver cinco questões da IMO com linguagem natural não é um truque de linguagem. É um avanço em direção à cognição compartilhada.

E talvez o futuro da inteligência artificial não seja sobre ela ser mais parecida com a gente.

Mas sobre ela pensar com a gente. Não é mais só sobre gerar respostas.

É sobre construir raciocínios juntos.

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