Proposta indecente: a startup Perplexity deixa a gigante Google sem reação

AIWhisperBR • Tempo de leitura: 7 min

A Perplexity é uma startup de IA com menos de três anos de vida. Seu produto é um mecanismo de busca com inteligência artificial, uma tentativa de reinventar a forma como acessamos conhecimento online.

Desde que foi lançada essa IA muito se discute sobre o fim do domínio do Google sobre os mecanismos de busca na internet.

O que aconteceu nesta semana apimenta ainda mais a situação. A Perplexity ofereceu US$ 34,5 bilhões em dinheiro para comprar o navegador Chrome, mesmo valendo menos da metade disso.

O Google não quer vender. A proposta é considerada improvável. Mas o impacto já está feito. E você precisa entender por que esse lance improvável é, na verdade, um movimento genial. Talvez o mais inteligente desde que a própria OpenAI lançou o ChatGPT.

O verdadeiro domínio da IA passa pelos navegadores

A IA está moldando o futuro da internet. Mas o campo de batalha silencioso não são só os modelos, é o acesso.

Quem controla o navegador, controla o tráfego. E quem controla o tráfego, domina a atenção, os dados e a jornada do usuário. É por isso que a Perplexity quer o Chrome.

Com mais de 3 bilhões de usuários, o Chrome representa um ponto de acesso privilegiado para:

• dados de navegação que alimentam modelos de IA;

• padrões de intenção de busca em tempo real;

• distribuição de produtos baseados em IA diretamente na jornada do usuário.

É por isso que o DOJ (Departamento de Justiça dos EUA) está tentando forçar o Google a se desfazer do Chrome como parte de uma punição por práticas monopolistas na busca.

E é por isso que startups como a Perplexity estão agindo antes que o martelo bata.

Veja mais sobre essa jogada de negócios.

A verdadeira jogada está na antecipação

Perplexity sabe que não vai comprar o Chrome. Mas o objetivo não é vencer o leilão, é plantar a bandeira antes que ele comece.

É uma estratégia de guerra assimétrica:

• Narrativa pública: coloca a Perplexity na mesma mesa que Google e OpenAI.

• Pressão regulatória: sinaliza para as autoridades que há interesse real de terceiros.

• Imunização de marca: mesmo que não compre o Chrome, ganha espaço como alternativa ética e "do bem".

Se a Justiça obrigar o Google a vender o Chrome (ou partes dele), a Perplexity já terá cavado um lugar de destaque na fila.

O que você deveria estar vendo por trás dessa história

Essa proposta da Perplexity é o sintoma.

O diagnóstico é: a guerra da IA já não é mais sobre “tecnologia”. É sobre acesso. E quem controla a jornada do usuário, do navegador à busca, do conteúdo à recomendação, é quem vai controlar o novo império.

A OpenAI já trabalha no seu navegador. A Apple quer fechar seu ecossistema de IA generativa. O Google está cercado por processos. E a Perplexity, com suas apostas ousadas, está sinalizando o nascimento de uma nova classe de players que não jogam pelas regras antigas.

Quem ainda está discutindo “qual modelo é mais inteligente”, vai ficar de fora da melhor fatia.

Prompt do dia: crie um navegador pessoal com IA para suas rotinas online

Atue como um arquiteto de fluxos digitais e me ajude a montar um navegador de IA personalizado para meu dia a dia. 

Quero automatizar tarefas repetitivas como: buscar referências em sites específicos, monitorar notícias sobre [tema que eu definir], organizar abas por contexto (trabalho, estudos, finanças), e receber resumos diários das minhas pesquisas online. 

Sugira estrutura, ferramentas e fluxos ideais para isso

O que esse prompt gera: Um plano de automação prático que simula as funções de um “Chrome sob medida”, com sugestões de extensões, fluxos no Zapier, integrações com IA e ganho real de tempo.

A venda do Chrome é apenas um movimento inicial

A proposta da Perplexity não precisa ser aceita. Ela já cumpriu seu papel estratégico: revelar que os navegadores voltaram ao centro do jogo, e que os mais rápidos, não os maiores, vão ditar o ritmo.

Não subestime startups pequenas com ideias grandes.

Elas não estão jogando xadrez... estão acelerando o fim do tabuleiro.

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Até a próxima,
BOSS

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