O fim do LinkedIn

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AIWhisperBR • Tempo de leitura: 7 min

O investidor que financiou sua própria destruição

Reid Hoffman deve estar tendo noites difíceis ultimamente.

O co-fundador do LinkedIn, que investiu na OpenAI quando ela ainda era uma startup de pesquisa sem fins lucrativos, acabou de descobrir que sua aposta se transformou em seu maior pesadelo competitivo.

Na última quinta-feira, a OpenAI anunciou oficialmente a criação da "OpenAI Jobs Platform" - uma plataforma de empregos movida por IA que pretende usar inteligência artificial para fazer matching perfeito entre empresas e profissionais.

O timing da ironia é cirúrgico. A Microsoft, que é dona do LinkedIn, também é o maior financiador da OpenAI com investimentos que já ultrapassaram os 13 bilhões de dólares.

Hoffman, que se tornou bilionário criando a rede profissional mais poderosa do mundo, agora vê a empresa que ele mesmo financiou construindo a tecnologia que pode tornar o LinkedIn obsoleto.

Mas aqui está o que poucos perceberam: isso não é acidente. É estratégia.

Fidji Simo, CEO de Aplicações da OpenAI, foi cristalina sobre a ambição:

A plataforma terá lançamento previsto para meados de 2026, tempo suficiente para a OpenAI construir uma base de usuários que já confiam em sua tecnologia para tudo.

A diferença fundamental entre LinkedIn e a plataforma da OpenAI não está apenas na tecnologia. Está no controle da narrativa sobre competência profissional.

Mas calma que tem mais!

A jogada de mestre que ninguém antecipou

O LinkedIn conecta pessoas a oportunidades baseado em currículos estáticos e conexões sociais. A OpenAI está criando algo completamente diferente: um sistema que vai definir quem é qualificado para trabalhar com IA - e depois conectar essas pessoas às melhores oportunidades.

Como funciona isso?

Primeiro: As Certificações OpenAI, que começam como piloto ainda em 2025. Não são apenas cursos online genéricos. São certificações desenvolvidas dentro do próprio ChatGPT, onde qualquer pessoa pode estudar e obter certificação sem sair do aplicativo.

A OpenAI planeja três níveis: básico (uso de IA no trabalho), intermediário (trabalhos personalizados com IA) e avançado (engenharia de ponta).

Segundo: A plataforma de empregos que vai priorizar pessoas com essas certificações.

Veja a genialidade: enquanto o LinkedIn depende de algoritmos que analisam palavras-chave em perfis, a OpenAI vai ter dados comportamentais reais sobre como cada pessoa interage com IA.

Eles saberão exatamente o nível de fluência de cada usuário, quais tipos de prompts eles usam, como resolvem problemas complexos, até mesmo sua evolução de competências ao longo do tempo.

Sam Altman não está apenas criando uma plataforma de empregos. Está criando o sistema de mérito da era da IA.

A meta é certificar 10 milhões de americanos até 2030. Para colocar isso em perspectiva: o LinkedIn tem cerca de 200 milhões de usuários nos EUA.

A OpenAI não precisa superar esses números - precisa apenas se tornar indispensável para quem quer trabalhar com IA.

E considerando que praticamente todo trabalho do futuro terá algum componente de IA, essa distinção importa menos a cada dia que passa.

O Novo Porteiro do Mercado de Trabalho

A OpenAI não está construindo isso sozinha. O primeiro parceiro anunciado é o Walmart - o maior empregador privado do mundo, com 2,1 milhões de funcionários.

Quando o Walmart fala, o mercado escuta. Se a maior empresa privada do mundo decide que fluência em IA é requisito básico, outras empresas seguem. E quando outras empresas seguem, profissionais que não têm certificações começam a ficar para trás.

Mas há outro player ainda mais importante validando essa iniciativa: a Casa Branca.

A OpenAI apresentou seus programas como parte do compromisso com os esforços do governo americano para expandir a alfabetização em IA.

Na mesma semana do anúncio, Sam Altman se reuniu com Donald Trump para discutir IA. Isso não é coincidência - é coordenação estratégica para transformar a iniciativa privada em política pública.

A mensagem implícita é clara: quem controla as certificações de IA e a plataforma que conecta pessoas certificadas às oportunidades, controla o acesso ao mercado de trabalho do futuro.

Estudos já mostram que trabalhadores com conhecimento em IA são mais valiosos, mais produtivos e recebem salários significativamente maiores.

A OpenAI está se posicionando como o único validador oficial dessas competências.

É como se eles estivessem criando a carteira de habilitação para dirigir na economia digital.

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3. Como posso demonstrar fluência em IA antes mesmo das certificações oficiais chegarem
4. Três movimentos práticos que posso fazer nos próximos 90 dias para me posicionar melhor

Seja específico e focado em ações que geram resultados mensuráveis.

A janela que está se fechando

Reid Hoffman provavelmente não imaginou que seu investimento na OpenAI se tornaria uma ameaça existencial ao LinkedIn. Mas talvez devesse ter imaginado.

A história da tecnologia é repleta de exemplos de empresas que financiaram sua própria disrupção. A diferença aqui é que não estamos falando apenas de uma empresa sendo substituída por outra. Estamos falando sobre quem vai controlar o acesso às oportunidades profissionais na era da IA.

Fidji Simo foi honesta sobre o impacto:

A diferença é que, enquanto você ainda está processando essa realidade, a OpenAI já está construindo os sistemas que vão determinar quem se adapta com sucesso.

O LinkedIn democratizou o networking profissional há 20 anos. A OpenAI está prestes a democratizar a certificação de competências em IA - e depois monopolizar o acesso às melhores oportunidades para quem tem essas certificações.

A pergunta não é se isso vai acontecer. É se você vai estar do lado certo dessa transformação quando ela se consolidar.

Em 2026, quando a OpenAI Jobs Platform estiver funcionando, existirão duas categorias de profissionais: aqueles que dominam IA e estão certificados pela própria empresa que criou o ChatGPT, e todos os outros.

Quem você vai querer ser?

Veja mais sobre esse anúncio da OpenAI.

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Até a próxima,
BOSS

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