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Fim da guerra: especialistas afirmam que China já venceu EUA na corrida da IA por um detalhe

Enquanto o Vale do Silício sonha com superinteligência, a China garante o básico que ninguém quer olhar: energia. Isso coloca os orientais como grandes favoritos.

AIWhisperBR • Tempo de leitura: 7 min

A nova corrida pela supremacia tecnológica está sendo vencida onde quase ninguém está olhando.

Enquanto CEOs do Ocidente apresentam seus modelos de linguagem em palcos com telões gigantes e promessas surreais, a China pavimenta silenciosamente o caminho real da dominação da IA: infraestrutura energética.

A IA, por mais disruptiva que seja, é inútil sem eletricidade. E, neste momento, os EUA não têm o suficiente.

O apagão invisível da IA americana

Nos bastidores da revolução digital, um velho problema está se tornando inadiável: a eletricidade.

Segundo o Goldman Sachs, a demanda elétrica impulsionada pela inteligência artificial já superou a capacidade de crescimento da infraestrutura energética dos Estados Unidos.

Essa não é uma metáfora. Grandes cidades americanas estão com a rede elétrica tão sobrecarregada que empresas estão literalmente construindo suas próprias usinas para continuar operando data centers.

Enquanto isso, a população começa a sentir os efeitos colaterais.
Em Ohio, só no último verão, a conta de luz de uma casa comum subiu mais de US$ 15 por causa do impacto dos, data centers na demanda local.

IA custa caro, e os EUA, nesse momento, estão esticando a fiação de uma casa dos anos 80 para sustentar uma cidade de 2030.

A China não debate, executa

Enquanto isso, do outro lado do mundo, a China está em outro capítulo, e não sofre com os mesmo problemas que o rival do ocidente.

Lá, ninguém está se perguntando se vale a pena construir mais infraestrutura.
Eles  construíram. E construíram demais.

O país opera com um “margem de reserva energética” entre 80% e 100%, ou seja, tem o dobro do que precisa para manter tudo funcionando, inclusive nos dias de pico.

Para efeito de comparação, as redes regionais dos EUA operam com margens de 15% ou menos.

Não é apenas energia, é visão estratégica para colher uma futura dominação da tecnologia.

Províncias inteiras da China estão cobertas com painéis solares. Regiões rurais geram mais energia do que consomem.

E, se a demanda subir rápido demais, eles ainda têm dezenas de usinas de carvão inativas para ligar de forma emergencial.

Não é bonito. É eficiente.

O real motivo da vantagem chinesa

A questão não é só o quanto se investe. É como se investe.

Nos EUA, energia é um problema privado, empresas precisam retorno em 3 a 5 anos.
Projetos que demoram 10 anos para se pagar não atraem capital, por mais estratégicos que sejam.

O resultado?
Dinheiro fluindo para o centésimo software de gestão, enquanto transformadores pegam fogo no verão.

Na China, energia é um problema estatal. O Estado financia antes da demanda chegar.
Se der errado? Tudo bem. Faz parte. O importante é ter capacidade quando for preciso.

Não é uma visão ideológica. É um modelo de governança. Enquanto o Ocidente reage à demanda, a China antecipa.

David Fishman, especialista em energia chinesa, resume de forma interessante:

“Eles estão preparados para dar home run. Os EUA, no máximo, conseguem chegar na primeira base.”

O colapso antes da superinteligência

A ironia é evidente. O país que lidera a corrida por AGI pode tropeçar em um poste.

McKinsey prevê que serão necessários US$ 6,7 trilhões em novos data centers até 2030. O problema é que nem a infraestrutura nem a energia acompanham esse ritmo.

A consequência é que mesmo que sempre acontece quando algo cresce mais do que o ambiente comporta: colapso.

Empresas de tecnologia americanas já estão sendo forçadas a rever projeções.
A Stifel Nicolaus alertou que o boom de infraestrutura de IA será “pontual” e pode gerar uma correção no S&P 500 — justamente por falta de base energética.

Quem está de fora acha que a briga é de chips. Mas quem está no jogo sabe: é uma guerra por megawatts.

O futuro da IA será decidido por quem conseguir mantê-la ligada

Enquanto Elon Musk discute chips, a China garante os fios.
Enquanto startups americanas anunciam novos LLMs, o governo chinês já decidiu onde vão funcionar.

Não se trata de quem tem a melhor tecnologia.
Mas de quem construiu o terreno certo para ela funcionar.

E neste momento, o Ocidente está desenvolvendo super cérebros com músculos de gelatina.

A corrida pela inteligência artificial não será vencida pela empresa mais inovadora, mas pelo país que entendeu o básico antes de sonhar com o extraordinário.

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