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A IA vai roubar seu emprego? A verdade que os CEOs querem esconder

Nos últimos meses, virou quase um clichê: carta de demissão começa com empatia, passa por "reestruturação" e termina com a frase mágica: "estamos investindo em IA". Mas será mesmo que a inteligência artificial é a grande vilã por trás da onda de demissões no setor de tecnologia? Ou essa narrativa serve a outros interesses?

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AIWhisperBR • Tempo de leitura: 7 min

Os dados não mentem (mas as narrativas podem distorcer)

Se você olhar para os relatórios recentes do mercado, como o divulgado pelo site Indeed, verá que as vagas em tecnologia caíram 36% em julho de 2025 em relação ao início de 2020. Uma queda expressiva, sem dúvida, mas com múltiplas causas.

A inteligência artificial, apesar de poderosa, é apenas um dos fatores nesse cenário. Economistas apontam que o esfriamento do mercado de trabalho tech também se deve a fatores macroeconômicos, como inflação, juros altos e o fim do ciclo de contratações excessivas da pandemia.

E aqui entra o ponto central: embora os CEOs usem a IA como justificativa, muitas vezes ela está sendo usada como símbolo de modernidade e eficiência para acalmar (e animar) investidores.

A carta do CEO da Autodesk é um bom exemplo: 1.350 demitidos para "realocar recursos para IA". Não é coincidência que todas essas cartas mencionem IA, mesmo quando os cortes não têm relação direta com automação.

A falsa ideia de que a IA destrói empregos

A tendência histórica de qualquer nova tecnologia é criar uma disrupção inicial, eliminar algumas funções e gerar novas oportunidades.

Com a IA, o padrão se repete: empresas como Microsoft, Google e Tata cortam pessoal ao mesmo tempo, em que aumentam os investimentos em IA e abrem novas vagas para cientistas de dados, engenheiros de Machine Learning e estrategistas de IA generativa.

O que está acontecendo, na prática, é uma realocação de valor. Profissionais de cargos mais operacionais e funções repetitivas são os primeiros a serem substituídos, enquanto cresce a demanda por quem sabe aplicar, integrar e supervisionar a IA.

Ou seja, não é que "os empregos acabaram". Eles apenas mudaram de lugar, e exigem novas habilidades. É uma nova divisão de trabalho, e quem dominar a tecnologia vai liderar o processo.

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O novo mapa do mercado de trabalho

O relatório do Indeed mostra um dado revelador: engenheiros de Machine Learning continuam com alta demanda, mesmo que abaixo do pico de 2022. Já cargos de entrada em áreas como RH, marketing e atendimento, que antes eram portas de entrada para o setor de tecnologia, estão entre os mais afetados.

A IA generativa, com sua capacidade de gerar texto, imagens, resumos e respostas, está pressionando fortemente essas funções.

E mais: dados internos da Microsoft mostram que empregos como tradutores, historiadores, representantes de vendas e escritores estão entre os mais vulneráveis.

Em contrapartida, profissões que exigem contato físico, sensorial ou emocional direto, como auxiliares de enfermagem, pintores ou profissionais de coleta de sangue, seguem praticamente intocados. A IA ainda não sabe pintar uma parede, nem consolar um paciente.

O que isso significa? Que a inteligência artificial está criando uma nova geografia profissional, onde o valor está naquilo que a máquina ainda não consegue replicar com qualidade ou empatia.

CEOs sob pressão e a retórica da eficiência

Quando CEOs citam a IA como motivo para cortes, estão enviando um recado não só para os funcionários, mas principalmente para o mercado. Ao dizer "estamos investindo em IA", a mensagem é: somos modernos, enxutos e focados em margem.

Na prática, esses movimentos têm mais a ver com desempenho financeira do que com inovação real.

A Microsoft, por exemplo, cortou 15 mil funcionários em um ano de lucros recordes ao mesmo tempo, em que aumentou seu investimento em IA para mais de US$ 85 bilhões. O Google fez o mesmo.

Para Wall Street, eficiência e storytelling tecnológico importam tanto quanto (ou mais que) resultados de curto prazo. E a IA virou o principal símbolo dessa narrativa.

Mas isso não significa que ela esteja substituindo todos os empregos, apenas que virou um sinal estratégico.

Prompt do dia

Me ajude a mapear como a inteligência artificial pode impactar minha profissão nos próximos 5 anos. 

Pergunte primeiro qual é minha área, depois me mostre os cargos mais vulneráveis, os que mais crescerão, e quais habilidades posso desenvolver agora para me manter relevante.

Me faça pensar, não me dê respostas prontas. Modele isso como uma conversa de coaching estratégico."

Esse prompt ativa o raciocínio estratégico, exige personalização e simula um cenário futuro. Use com consistência e você terá clareza sobre como se mover nesse novo mercado.

O emprego não morreu. Mas a ignorância tecnológica, sim.

A grande questão não é se a IA vai tirar empregos. A pergunta real é: quais empregos ela vai tirar, e quais ela vai criar? E a resposta muda radicalmente dependendo de onde você está hoje.

Se você entende a IA, começa a usá-la como alavanca. Se não, pode se tornar parte da estatística que alimenta cartas de demissão com promessas vagas de "reinvenção corporativa".

Estamos no meio de uma redistribuição silenciosa de poder produtivo. Não é o fim do trabalho, é o nascimento de um novo tipo de trabalhador: aquele que combina raciocínio humano com potência digital.

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