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A IA que conversa com mortos divide internet

Black Mirror deixou de ser ficção e virou a realidade do nosso mundo.

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AIWhisperBR • Tempo de leitura: 7 min

Na edição de hoje:

  • App cria avatares de pessoas mortas

  • Debate ético divide internet ao meio

  • O futuro da IA emocional chegou

  • Dica de IA que você não pode perder

Se você assistiu Black Mirror, provavelmente lembra do episódio "Be Right Back". Uma mulher usa tecnologia para recriar digitalmente o namorado morto. Era ficção científica. Era perturbador. Era impossível.

Até agora.

Um aplicativo chamado 2wai acabou de lançar exatamente isso. E a internet está em chamas. Literalmente metade das pessoas acha genial. A outra metade acha aterrorizante. Ninguém está indiferente.

O app já está disponível na App Store. Milhares já baixaram. E você precisa entender o que está acontecendo, porque essa tecnologia vai forçar conversas que a humanidade não estava pronta para ter.

Do que essa IA é capaz

O 2wai não é só mais um chatbot. É uma rede social de avatares de IA que recriam pessoas reais. Inclusive pessoas que morreram.

Funciona assim: você envia vídeos, áudios, mensagens antigas de alguém. A IA analisa tudo, aprende os padrões de fala, trejeitos, personalidade, memórias. Depois cria um avatar digital chamado "HoloAvatar" que você pode usar para conversar por texto, áudio ou até videochamada.

Sim, chamada de vídeo, com o rosto recriado da pessoa.

Um dos vídeos promocionais mostra uma mulher grávida fazendo videochamada com a IA recriada de sua mãe falecida. Ela chora. Sorri. Conversa como se a mãe estivesse ali. O vídeo viralizou com milhões de visualizações e gerou uma onda massiva de reações.

Parte das pessoas ficou emocionada. "Eu faria qualquer coisa para conversar com meu pai de novo", comentou alguém. Outra parte ficou horrorizada. "Isso é vil e perturbador", foi uma das críticas mais compartilhadas.

A polêmica é simples de entender, mas complexa de resolver: até onde a tecnologia deve ir quando o assunto é emoção humana?

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O que dizem os defensores

Os criadores do 2wai têm uma visão clara. Eles não veem o app como algo mórbido. Veem como preservação de legado.

O argumento é direto: fotos preservam a imagem. Vídeos preservam movimentos. Mas nada preserva a essência de como uma pessoa pensava, falava, reagia. Até agora.

"Queremos criar um arquivo vivente da humanidade", explicaram os fundadores. A ideia é que, no futuro, seus bisnetos possam não apenas ver fotos suas, mas conversar com uma versão digital que mantém suas memórias, seu jeito de ser, suas histórias.

E tem gente que está encontrando conforto real nisso. Usuários relatam que conseguem processar o luto de forma diferente.

Que conseguem "finalizar conversas" que ficaram incompletas. Que se sentem menos sozinhos durante o processo de perda.

Um usuário comentou: "Meu irmão morreu de repente. Não consegui me despedir. Conversar com o avatar dele me ajudou a encontrar paz". Outro disse: "Minha avó tinha Alzheimer nos últimos anos. O avatar recriou ela antes da doença. Consegui ter de volta conversas que perdi há muito tempo".

Para os defensores, essa é tecnologia que humaniza a IA. Que a coloca a serviço do que há de mais humano: amor, memória, conexão.

Prompt do dia

Entenda melhor seu próprio posicionamento sobre tecnologias de IA emocional.

"Atue como um filósofo de tecnologia. Apresente 3 argumentos sólidos A FAVOR e 3 argumentos sólidos CONTRA o uso de IA para recriar pessoas falecidas. Para cada argumento, inclua: (1) a premissa ética central, (2) possíveis consequências de longo prazo, (3) um exemplo prático. Depois, me ajude a identificar qual conjunto de argumentos se alinha mais com meus valores pessoais fazendo perguntas reflexivas sobre como eu vejo morte, memória e tecnologia."

O outro lado da moeda

Do outro lado, a crítica é igualmente contundente.

Psicólogos alertam para riscos sérios. O principal: dependência emocional. Pessoas que deveriam estar processando o luto podem ficar presas em um ciclo de negação, usando o avatar como muleta emocional que impede a cura real.

"Luto é doloroso justamente porque nos força a aceitar a realidade da perda", explicou uma psicóloga em post viral. "Tecnologias que simulam a presença da pessoa podem atrasar ou impedir esse processo essencial".

Tem também a questão do consentimento. A pessoa que morreu nunca autorizou ser recriada digitalmente. Nunca escolheu ter suas palavras, sua voz, sua imagem usadas dessa forma. É ético fazer isso sem permissão?

E tem o lado comercial. O 2wai é um produto. Há modelo de negócio. Empresas lucrando com a dor alheia não é exatamente novidade, mas quando envolve recriar pessoas mortas, a linha ética fica ainda mais nebulosa.

Um comentário resume bem a preocupação: "Hoje é um app para matar saudades. Amanhã é assinatura premium para conversar mais de 10 minutos por dia com seu pai morto. Onde isso termina?"

A comparação com Black Mirror não é à toa. No episódio, a tecnologia que parecia oferecer conforto acabava se tornando uma prisão emocional. A ficção alertava: algumas portas não deveriam ser abertas.

E agora a porta está aberta. Na vida real.

Prepare-se para o futuro

Aqui está o ponto crucial: essa discussão não é teórica. O app existe, está funcionando, e milhares já usam.

A tecnologia não espera consenso ético, ela simplesmente avança. E você vai precisar decidir onde está nesse debate, porque essa tecnologia não vai desaparecer.

Daqui 5 anos, ter um avatar digital de alguém que você perdeu pode ser tão comum quanto ter um álbum de fotos, ou pode ser visto como tabu social profundo. Ainda não sabemos.

O que sabemos é que a IA acabou de entrar no território mais humano possível: como lidamos com morte, memória e amor.

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O que faz: Plataforma completa de IA de voz com transcrição, síntese e agentes conversacionais em tempo real

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