A IA mais poderosa do mundo tem um segredo sujo

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AIWhisperBR • Tempo de leitura: 7 min

Na edição de hoje:

• 500.000 chips de IA custando 18 bilhões

• 122 dias que mudaram Memphis para sempre

• A comunidade que ninguém perguntou se concordava

• O que isso significa para o futuro da IA

A corrida que ninguém vê acontecer

Você abre o ChatGPT. Digita uma pergunta. Recebe uma resposta em segundos. Simples assim.

Mas alguém já parou para pensar no que acontece nos bastidores? Onde ficam os computadores que fazem a mágica acontecer? Quem paga a conta de energia? E quem respira o ar poluído pelos geradores que mantêm tudo funcionando?

Elon Musk acabou de dar uma resposta brutal para essas perguntas em Memphis, Tennessee. E não é uma história bonita.

O Wall Street Journal revelou que Musk está finalizando a construção do Colossus 2, um complexo de computação que terá mais de 500.000 chips de IA. Sozinho, esse arsenal de chips custa no mínimo 18 bilhões de dólares.

Dezoito bilhões. Só em chips.

Para colocar em perspectiva: o primeiro Colossus, com 100.000 chips, foi construído em 122 dias. De terreno vazio a supercomputador mais poderoso do mundo em menos de 4 meses.

Velocidade a qualquer custo

Como Musk conseguiu essa velocidade? Simples: ignorou as regras.

Para abrir as portas mais rápido, ele instalou 35 geradores portáteis de metano. Turbinas que emitem óxido de nitrogênio e formaldeído direto no ar. Sem permissão. Sem licença ambiental. Sem consultar ninguém.

Quando a energia dos geradores não foi suficiente, comprou uma usina inteira para alimentar o complexo. Porque quando você tem bilhões, regulamentação vira sugestão.

Plot twist: O Colossus não está em um vale tecnológico isolado. Está ao lado de bairros historicamente negros em Memphis. As mesmas comunidades que já enfrentavam apagões, contas de luz absurdas e poluição do ar agora ganham um vizinho que consome energia equivalente a centenas de milhares de casas.

"Eles acham que essa área é uma zona de sacrifício e que as pessoas aqui não importam", disse KeShaun Pearson, diretor do grupo Memphis Community Against Pollution.

Ele não está exagerando. Em um ano, a xAI se tornou o segundo maior contribuinte fiscal da cidade, atrás apenas da FedEx. Mas também está caminhando para ser um dos maiores poluidores.

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O que isso significa para você

Você pode estar pensando: "Mas isso é problema de Memphis, não meu".

Errado.

O que está acontecendo em Memphis é o blueprint do futuro da IA. Cada empresa na corrida precisa de infraestrutura física massiva. OpenAI, Google, Microsoft, Meta, todos precisam de datacenters gigantescos.

E alguém vai pagar a conta. Sempre é assim.

A pergunta que ninguém está fazendo: vale a pena? Queremos uma IA mais poderosa a qualquer custo? Ou deveríamos exigir que essas empresas construam de forma responsável desde o início?

Porque agora que o Colossus está operacional, não tem volta. O site do projeto deixa claro: "Isso é só o começo".

Musk conseguiu o que queria. Construiu em 4 meses o que diziam levar 2 anos. Está treinando o Grok, sua IA, no supercomputador mais poderoso do mundo.

Os moradores de Memphis? Eles ganham ar poluído e contas de luz mais altas.

Essa é a realidade da corrida da IA que ninguém mostra nas apresentações bonitas com slides futuristas. Alguém sempre paga. E normalmente não são os bilionários.

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O que faz:Transforma seus documentos em podcasts de áudio conversacionais automaticamente

Hack pouco conhecido:Você pode criar "hosts virtuais" com personalidades específicas ajustando o prompt inicial antes de gerar o áudio

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Preço:Completamente gratuito (por enquanto)

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A verdade inconveniente

A IA está avançando em velocidade exponencial. Isso é fato.

Mas cada salto tecnológico tem um custo. Financeiro, ambiental, social.

O caso de Memphis não é sobre ser contra o progresso. É sobre questionar: progresso para quem? A que custo? E quem decide?

Musk construiu o Colossus em 122 dias. Mas levará anos para Memphis se recuperar do impacto ambiental. Se é que vai se recuperar.

Da próxima vez que você usar uma IA, lembre-se: existe um datacenter em algum lugar do mundo queimando energia e emitindo poluição para fazer aquela resposta aparecer na sua tela.

A pergunta é: isso vale a pena?

A resposta depende de quem você pergunta. E em Memphis, ninguém perguntou.

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BOSS

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